A sua morte foi lamentada por várias figuras locais, que o recordaram como uma “figura incontornável” da região.
Com uma carreira de 75 anos dedicada à instituição financeira, Mário Matias deixou um legado que transcende o setor bancário.
Entrou para a Caixa de Crédito Agrícola aos 15 anos e ascendeu à presidência do Conselho de Administração em 1980, cargo que ocupou por 15 mandatos consecutivos. Foi também um dos fundadores da Fundação Caixa Agrícola de Leiria em 2004, presidindo à mesma até março deste ano, tendo-se desvinculado em definitivo em junho. O presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, expressou a sua “consternação”, destacando o apoio de Mário Matias “ao desporto local, tendo sido um dos grandes impulsionadores aquando da criação do clube União de Leiria”. A Assembleia Municipal de Leiria, presidida por António Lacerda Sales, também lamentou o falecimento, sublinhando que Mário Matias ajudou a transformar a Caixa numa “verdadeira ferramenta de desenvolvimento regional”.
A sua influência estendeu-se a nível nacional, tendo sido vice-presidente da Federação Nacional das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo e administrador da Caixa Central.
Ao abandonar os seus últimos cargos, Mário Matias expressou a sua “mágoa” por deixar os muitos “filhos” que levou para a instituição, encerrando um capítulo marcante na história económica e social de Leiria.














