O incidente fatal reacendeu o debate nacional sobre a segurança e a legitimidade das corridas de toiros em Portugal. Manuel Trindade, do Grupo de Forcados Amadores de São Manços, Évora, foi colhido na noite de sexta-feira, 22 de agosto, ao tentar pegar um touro de 695 quilos da ganadaria Vinhas. O jovem embateu com violência nas tábuas da trincheira, ficou inanimado e foi transportado para o Hospital de São José, em Lisboa, onde foi declarado o óbito, já em estado de "morte cerebral".
A tragédia motivou reações de diversas figuras e entidades.
O Secretário de Estado da Agricultura lamentou a perda em nome do Governo, considerando-a um "momento de dor partilhada por todos os que valorizam e respeitam aquilo a que se chama expressão cultural nacional". Em sentido oposto, a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, criticou a violência do espetáculo, destacou a presença de menores na assistência e anunciou a apresentação de um projeto de resolução para suspender a época tauromáquica no Campo Pequeno.
O presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto Sá, manifestou-se "chocado" com o acontecimento. Em sinal de luto, o Grupo de Forcados de São Manços cancelou as suas festas de verão.
A mãe do jovem, Alzira Trindade, revelou que os órgãos do filho seriam doados, podendo salvar sete vidas, e respondeu publicamente aos comentários críticos sobre a atividade do filho.














