O incidente, ocorrido durante uma pega, gerou uma onda de consternação e solidariedade, mas também intensificou as críticas à prática. Manuel Trindade, membro do Grupo de Forcados Amadores de São Manços, foi colhido fatalmente por um touro de quase 700 quilos durante uma corrida no dia 22 de agosto. Apesar de ter sido prontamente assistido, sucumbiu aos ferimentos horas depois no hospital.
A sua morte chocou não só a sua freguesia natal, Nossa Senhora de Machede, em Évora, mas todo o mundo taurino e a sociedade em geral.
As cerimónias fúnebres, marcadas por grande emoção, contaram com a presença de familiares, amigos e figuras da tauromaquia, que prestaram uma última homenagem.
A família pediu que os presentes vestissem branco como tributo.
O incidente intensificou a polarização de opiniões sobre as touradas. Por um lado, multiplicaram-se as mensagens de apoio à família e de exaltação à coragem dos forcados. Por outro, críticos da prática, como a autora do artigo de opinião "Touradas: Quando a tradição deixa de fazer sentido", argumentaram que a tradição não pode justificar o sofrimento humano e animal.
Em resposta às críticas, a mãe do jovem forcado publicou uma carta aberta onde defendeu a paixão do filho e desafiou os detratores: "Se tiverem coragem, celebrem".
Este caso trouxe novamente para a praça pública a discussão sobre os limites entre cultura, tradição e os riscos inerentes a uma atividade que continua a dividir Portugal.














