O alerta foi dado pela família por volta da meia-noite, mas a ausência da VMER, o meio de socorro mais diferenciado, obrigou à mobilização exclusiva de uma ambulância dos bombeiros de Castelo de Vide. Apesar dos esforços dos bombeiros, que iniciaram manobras de suporte básico de vida e transportaram a vítima para as urgências do Hospital de Portalegre, o óbito foi declarado na unidade hospitalar. A administração da Unidade Local de Saúde (ULS) do Alto Alentejo confirmou a inoperacionalidade da viatura, atribuindo-a à "falta de elemento médico" e descrevendo a situação como "crítica" numa região com carências de fixação de profissionais. A repetição destes eventos é alarmante; dias antes, um militar da GNR de 47 anos também faleceu em Castelo de Vide nas mesmas circunstâncias. Dados revelam que a VMER de Portalegre esteve inoperacional por quase 500 horas entre janeiro e julho, levantando sérias questões sobre a equidade no acesso a cuidados de emergência e a capacidade de resposta do SNS nas regiões de baixa densidade populacional.