A morte de um bebé de 11 meses em Idanha-a-Nova, após ter tido alta hospitalar, gerou uma onda de consternação e levantou sérias questões sobre a resposta dos serviços de saúde. O caso está a ser investigado pelo Ministério Público e pela Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, perante alegações de negligência por parte da família. A morte do bebé, a 22 de agosto, tornou-se um caso de grande repercussão nacional, suscitando um intenso debate sobre a capacidade de resposta dos cuidados de saúde primários e de urgência no interior do país. A tragédia está envolta em narrativas contraditórias que opõem a família da criança às instituições de saúde. A mãe alega que, ao regressar ao Serviço de Atendimento Complementar (SAC) de Idanha-a-Nova com o filho em estado grave, o atendimento foi recusado por estar perto da hora de encerramento. Esta versão, contudo, é firmemente contrariada pela Unidade Local de Saúde (ULS) de Castelo Branco e pelo comandante dos Bombeiros de Idanha-a-Nova. Ambos garantem que a criança foi atendida de imediato e que a médica e um enfermeiro iniciaram manobras de reanimação antes da chegada do INEM, que foi acionado às 19h01. O percurso do bebé nesse dia começou no SAC local, de onde foi encaminhado para a urgência pediátrica do Hospital Amato Lusitano, em Castelo Branco.
Após receber alta com medicação prescrita, o seu estado clínico agravou-se, culminando na paragem cardiorrespiratória que se revelou fatal no regresso ao centro de saúde.
A Ministra da Saúde lamentou "profundamente" o desfecho, enquanto o Ministério Público e a própria ULS abriram inquéritos para apurar as circunstâncias e eventuais responsabilidades.
O caso expõe as fragilidades do sistema de saúde em zonas de baixa densidade e a desconfiança que pode surgir entre utentes e profissionais em situações de crise.
Em resumoA morte de um bebé de 11 meses em Idanha-a-Nova levou à abertura de investigações pelo Ministério Público e pela unidade de saúde local, na sequência de relatos contraditórios. Enquanto a família alega recusa de atendimento, as autoridades de saúde afirmam que foram realizadas manobras de reanimação imediatas. O caso evidencia as preocupações sobre a adequação e a capacidade de resposta dos serviços de saúde de emergência locais.