A morte de um bebé de 11 meses à porta do centro de saúde de Idanha-a-Nova, horas após ter tido alta hospitalar em Castelo Branco, está a ser investigada pelo Ministério Público e pela Unidade Local de Saúde (ULS). O caso, ocorrido a 22 de agosto, levanta sérias questões sobre a resposta dos serviços de saúde, com a mãe a alegar que o atendimento foi recusado. A tragédia gerou uma onda de consternação e um intenso debate público sobre a eficácia do Serviço Nacional de Saúde (SNS), especialmente em zonas do interior. A mãe da criança alega que, ao regressar ao centro de saúde com o agravamento do estado do filho, o atendimento foi negado por ser perto da hora de fecho, culminando na morte do bebé por paragem cardiorrespiratória no local. Em contrapartida, a ULS de Castelo Branco e os Bombeiros Voluntários de Idanha-a-Nova garantem que a criança foi atendida de imediato pela médica e enfermeiro de serviço, que iniciaram manobras de reanimação antes da chegada do INEM. A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, lamentou "profundamente" o sucedido e exigiu um esclarecimento rápido e exato dos factos, confirmando a abertura de inquéritos pela ULS e pelo INEM.
A investigação do Ministério Público será crucial para apurar as circunstâncias e eventuais responsabilidades.
O caso expôs as fragilidades percebidas no sistema, levando o ex-ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes a apelar ao primeiro-ministro para que procure um consenso político, "seja com o PS, com o Chega, com quem quiserem", para salvar o SNS, sublinhando que a degradação dos serviços públicos é um problema que se agrava paulatinamente.
Em resumoA morte de um bebé de 11 meses em Idanha-a-Nova desencadeou múltiplas investigações por parte do Ministério Público e de entidades de saúde, devido a alegações de negligência. O caso, com versões contraditórias entre a família e as autoridades de saúde, intensificou o debate nacional sobre as fragilidades do SNS, especialmente nas regiões do interior.