Os crimes incluem 41 homicídios dolosos, 17 infanticídios e cinco casos de exposição ou abandono com resultado de morte.

A PJ comentou que "quando os laços familiares devem proteger, parte da realidade mostra-nos o contrário".

O ano de 2010 foi o mais letal, com dez vítimas mortais, seguido de 2022, com sete.

A análise por faixa etária é particularmente chocante: 48 das 63 vítimas tinham três anos ou menos, nove tinham entre quatro e sete anos, e seis entre oito e treze anos.

A análise dos perpetradores revela que as mães foram responsáveis pela maioria dos crimes, seguidas pelos pais, por ambos os pais em conjunto, e depois por padrastos e avôs.

Estes números alarmantes expõem a face mais oculta e trágica da violência intrafamiliar, onde o lar se torna o local de maior perigo. Os dados sublinham a necessidade urgente de reforçar os mecanismos de proteção infantil, a deteção precoce de sinais de risco em agregados familiares e a implementação de políticas de apoio à parentalidade e saúde mental, de forma a prevenir que estas tragédias se repitam.