A catástrofe ocorreu por volta das 18h04, quando uma das cabines do funicular descarrilou na Calçada da Glória, embatendo violentamente contra um edifício.
O balanço final, corrigido pelas autoridades após informações iniciais contraditórias, confirmou 16 vítimas mortais e 21 feridos, alguns em estado crítico.
Entre os mortos encontrava-se o guarda-freio André Marques, de 40 anos, e funcionários da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. As vítimas eram de pelo menos dez nacionalidades distintas, o que sublinhou a dimensão internacional da tragédia.
A resposta das autoridades foi imediata, com o Governo a decretar um dia de luto nacional e a Câmara Municipal de Lisboa três dias de luto municipal.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, classificou o evento como "uma das maiores tragédias humanas da nossa história recente", enquanto o presidente da Câmara, Carlos Moedas, afirmou que "a cidade precisa de respostas" e exigiu à Carris "uma investigação externa independente" para apurar todas as responsabilidades.
As causas do acidente estão sob investigação pelo Ministério Público e outras entidades, mas as atenções centram-se na manutenção do equipamento.
A Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) pediu um "rigoroso inquérito" que avaliasse os "efeitos das medidas gestionárias que optaram pela externalização do serviço de manutenção". A polémica intensificou-se com notícias sobre o contrato de manutenção, embora a Carris tenha garantido que os protocolos foram "escrupulosamente cumpridos" e que uma inspeção tinha sido realizada na manhã do acidente.
A tragédia teve vasta cobertura mediática internacional e motivou mensagens de solidariedade de líderes mundiais, incluindo o Papa Leão XIV, que expressou as suas "sentidas condolências".
Como medida de precaução, a circulação dos restantes ascensores da cidade foi suspensa para vistorias técnicas.













