A morte de André Marques simboliza a face humana da tragédia do lado dos trabalhadores que asseguravam o funcionamento do icónico transporte.

A Carris, sua entidade empregadora, homenageou-o publicamente, descrevendo-o como um “profissional dedicado, amável, sorridente e sempre disposto a contribuir para um bem maior”.

A empresa lamentou o seu “fim trágico”, sublinhando que desempenhou as suas funções “com excelência, tendo sido um representante exímio da Carris na história da cidade”.

A notícia chocou a sua comunidade de origem, em Oleiros, onde visitava a mãe regularmente.

Amigos e vizinhos recordaram-no como alguém “muito ligado à comunidade”, que “tinha muito gosto em trabalhar no trabalho que ele tinha”.

A UGT e a Câmara Municipal de Oleiros também emitiram notas de pesar, expressando condolências à família.

André Marques deixa mulher e dois filhos menores, uma realidade que adensa a dimensão pessoal do desastre.

A sua morte no posto de trabalho coloca-o, juntamente com as restantes vítimas, no centro do inquérito que visa apurar as falhas de segurança e manutenção que levaram ao descarrilamento, tornando o seu falecimento um símbolo da necessidade de garantir a segurança de trabalhadores e passageiros nos transportes públicos.