A perda destes trabalhadores, que utilizavam o ascensor no seu trajeto diário, chocou as respetivas comunidades e instituições.

André Marques, de 45 anos e natural de Oleiros, era guarda-freio na Carris há 15 anos e foi a primeira vítima mortal a ser identificada.

A sua morte deixou a comunidade de Oleiros em choque, onde visitava regularmente a mãe. A Câmara Municipal de Oleiros lamentou a perda de um homem “muito ligado à comunidade”.

As outras quatro vítimas portuguesas eram colaboradoras da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), que usavam o elevador no regresso a casa após o trabalho.

Foram identificadas como Alda Matias, jurista natural de Bendada, Sabugal; Pedro Trindade, ex-árbitro e dirigente de voleibol; Ana Paula Lopes, de 53 anos, natural de Vergão, Proença-a-Nova; e Sandra Coelho.

A SCML confirmou as mortes num comunicado, afirmando que “a família Santa Casa está de luto”.

A instituição organizou uma missa em homenagem aos seus trabalhadores e disponibilizou um gabinete de apoio emocional.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esteve presente nos velórios de André Marques e Ana Paula Lopes, prestando condolências às famílias. A morte destes trabalhadores destacou o facto de o Elevador da Glória, embora sendo uma atração turística, continuar a ser um meio de transporte essencial para muitos lisboetas.