A catástrofe vitimou cidadãos de múltiplas nacionalidades e desencadeou um profundo luto nacional, levantando sérias questões sobre a segurança das infraestruturas e a responsabilidade na sua manutenção.

A dimensão humana da tragédia foi vasta, ceifando a vida a cinco portugueses e onze cidadãos estrangeiros.

Entre as vítimas nacionais encontravam-se quatro funcionários da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa — Alda Matias, Ana Paula Lopes, Sandra Coelho e Pedro Trindade — e o guarda-freio André Marques, cuja atuação nos momentos finais foi alvo de homenagem. As vítimas internacionais incluíam casais que visitavam Lisboa, como os arqueólogos canadianos André Bergeron e Blandine Daux, que celebravam a reforma, e os britânicos Kayleigh Smith e William Nelson, que se encontravam no primeiro dia de férias. A professora universitária norte-americana Heather Hall e um refugiado ucraniano também figuram entre os que perderam a vida.

A comoção pública manifestou-se através de memoriais improvisados com flores e velas na Praça dos Restauradores, e nos funerais, que contaram com a presença de altas figuras do Estado, como o Presidente da República. A Carris anunciou que batizaria um elétrico com o nome de André Marques e a autarquia propôs atribuir o seu nome a uma rua. O primeiro relatório da investigação apontou que o cabo de ligação cedeu no ponto de fixação, levantando um intenso debate político e técnico sobre os protocolos de manutenção, a externalização de serviços e a fiscalização de equipamentos históricos, levando à suspensão imediata de outros ascensores da cidade para inspeção.