A cidade de Lisboa foi abalada por um dos mais graves acidentes urbanos das últimas décadas, quando o descarrilamento do histórico Elevador da Glória resultou na morte de 16 pessoas e em mais de 20 feridos. A tragédia, que envolveu residentes e turistas de várias nacionalidades, levantou questões urgentes sobre a segurança de infraestruturas centenárias. O desastre ocorreu na tarde de 3 de setembro de 2025, transformando um dos postais mais icónicos da capital num cenário de horror. De acordo com a nota informativa preliminar do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), a causa provável foi a cedência do cabo de ligação no seu ponto de fixação à cabina que descia. Esta falha crítica permitiu que o veículo acelerasse descontroladamente pela Calçada da Glória, atingindo uma velocidade estimada de 60 km/h antes de embater violentamente num edifício. O relatório sublinha que, embora o guarda-freios tenha acionado os sistemas de travagem, estes revelaram-se incapazes de imobilizar a cabina sem o contrapeso do cabo, evidenciando uma falha no sistema de redundância.
A tragédia teve um profundo impacto humano, vitimando cidadãos de dez nacionalidades, incluindo portugueses, canadianos, britânicos, norte-americanos e sul-coreanos.
Entre as vítimas contavam-se André Bergeron e Blandine Daux, um casal de arqueólogos canadianos que celebrava a reforma, e Heather Hall, uma professora norte-americana que estava em Lisboa para uma conferência.
A dimensão internacional da catástrofe gerou uma onda de solidariedade global, com várias embaixadas a prestar apoio consular e o Governo a decretar luto nacional.
O acidente deu início a um inquérito criminal liderado pelo Ministério Público para apurar todas as responsabilidades, enquanto a sociedade portuguesa debate a segurança dos seus transportes históricos e o impacto do turismo intensivo.
Em resumoO descarrilamento do Elevador da Glória, causado pela falha do cabo de fixação, resultou em 16 mortos de várias nacionalidades e expôs vulnerabilidades na segurança de infraestruturas históricas. A tragédia desencadeou uma investigação criminal e um debate nacional sobre prevenção e responsabilidade, deixando uma marca indelével na cidade de Lisboa.