A inauguração de uma nova capela no local assinala o 40.º aniversário, renovando a homenagem às vítimas e a reflexão sobre a segurança.

O desastre, ocorrido a 11 de setembro de 1985, resultou da colisão frontal entre o Sud-Express, lotado de emigrantes, e um comboio Regional na Linha da Beira Alta.

O número exato de vítimas mortais permanece uma incógnita, com estimativas a variar entre 40 e 200, dado que muitos corpos ficaram carbonizados e nunca foram identificados.

Para assinalar os 40 anos da tragédia, foi construída uma capela junto ao memorial já existente, dedicada a Nossa Senhora dos Emigrantes.

José Augusto Sá, que perdeu o pai e a irmã no acidente e lidera a comissão organizadora das homenagens, expressou a sua satisfação com as obras que trouxeram "mais dignidade" ao local.

Para além da capela, foi instalada uma placa toponímica e um protótipo de uma carroçaria de comboio, cedido pela CP, para simbolizar o acidente. A cerimónia de inauguração contará com a presença de figuras como o antigo Presidente da República Ramalho Eanes, reforçando a importância nacional do evento. A memória de Alcafache, frequentemente apelidada de "11 de setembro português", serve como um doloroso lembrete da falha humana e das suas consequências devastadoras, mantendo viva a necessidade de um compromisso contínuo com a segurança nos transportes públicos.