Alexander Hudson, um dos autores, afirmou que se registaram "declínios no que chamamos integridade pessoal e segurança em Portugal", apesar de uma ligeira recuperação estatística em 2024.

A análise cita o Comité das Nações Unidas para a Eliminação da Discriminação Racial, que manifestou "preocupação com o uso excessivo da força pela polícia portuguesa, particularmente contra pessoas de ascendência africana". Odair Moniz, um cidadão cabo-verdiano de 43 anos, foi morto a tiro por um agente da PSP na Cova da Moura, Amadora, em outubro de 2024, um incidente que gerou protestos e tumultos. A acusação do Ministério Público contra o agente, que irá a julgamento, contraria a versão inicial da PSP, afirmando que não se verificou qualquer ameaça com arma branca por parte da vítima.

O caso tornou-se um símbolo das tensões entre as forças de segurança e comunidades minoritárias, com o relatório a sublinhar o seu impacto na perceção de segurança e no Estado de Direito em Portugal, que agora se posiciona atrás de países como a Lituânia e Israel nesta categoria específica.