Este caso chocante, que está a ser investigado pela Polícia Judiciária, realça uma vulnerabilidade social alarmante e repete um acontecimento semelhante ocorrido no ano anterior no mesmo local.
A descoberta macabra foi feita por funcionários que trabalhavam na linha de triagem de resíduos sólidos, por volta das 18h05, que de imediato pararam a atividade e alertaram as autoridades.
As informações sobre a idade da criança variam entre as fontes, com algumas a descrevê-la como um recém-nascido, ainda com o cordão umbilical, e outras a aparentar ter cerca de dois meses.
O corpo foi encontrado dentro de um saco de lixo. Uma equipa médica da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Hospital de Cascais confirmou o óbito no local.
O cadáver foi posteriormente removido para o Gabinete Médico-Legal da Guia para autópsia, que será fundamental para determinar as causas da morte.
A Secção de Homicídios da Polícia Judiciária de Lisboa e Vale do Tejo assumiu a investigação, que se afigura complexa. Uma fonte contactada pelo Cascais24Horas afirmou que “a investigação para a identificação do ou responsáveis pela morte da criança ‘não deverá ser fácil, dado tratar-se de uma estação de tratamento que recebe resíduos de quatro concelhos’”: Cascais, Mafra, Sintra e Oeiras. A tragédia é agravada pelo facto de, em agosto do ano anterior, ter sido encontrado o corpo de outro recém-nascido na mesma plataforma de triagem, um caso que até hoje permanece por resolver. O crime de infanticídio pode levar a uma pena de prisão de 8 a 16 anos.














