A descoberta do corpo de um recém-nascido numa estação de tratamento de resíduos em Cascais chocou a comunidade e desencadeou uma investigação da Polícia Judiciária. Este é o segundo caso semelhante no mesmo local em cerca de dois anos, o que agrava a preocupação social em torno do infanticídio e do abandono de crianças. O alerta foi dado na tarde de sexta-feira, por volta das 18h05, por funcionários da Tratolixo, uma empresa de gestão de resíduos sólidos em São Domingos de Rana, que serve os municípios de Cascais, Mafra, Sintra e Oeiras. O corpo do bebé, uma menina segundo algumas fontes, foi encontrado durante o processo de triagem do lixo, ainda com o cordão umbilical.
A Polícia de Segurança Pública (PSP) foi a primeira a chegar ao local, acionando de imediato a Polícia Judiciária (PJ), que assumiu a investigação por se tratar de um presumível crime de homicídio ou infanticídio.
O corpo foi removido para o Gabinete Médico Legal da Guia para autópsia, um passo crucial para determinar a causa da morte e a identidade da criança.
A recorrência deste tipo de tragédia no mesmo local é particularmente alarmante.
Em agosto do ano anterior, um outro recém-nascido foi encontrado sem vida nas mesmas instalações, um caso que, até à data, permanece por resolver.
A investigação enfrenta desafios significativos, dada a proveniência dos resíduos de quatro concelhos distintos, o que dificulta a identificação da origem do corpo e dos responsáveis.
O caso reabre o debate sobre as redes de apoio a grávidas e mães em situações de vulnerabilidade extrema.
Em resumoA descoberta do cadáver de um recém-nascido na Tratolixo, em Cascais, pela segunda vez em dois anos, constitui um evento trágico que está a ser investigado pela Polícia Judiciária. O caso levanta sérias questões sociais sobre o apoio a mães em situações de desespero e as dificuldades da investigação para identificar os responsáveis.