A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) confirmou a falha grave no atendimento, que culminou na morte do utente 48 horas depois, expondo fragilidades sistémicas no Serviço Nacional de Saúde. O caso, que denota uma grave falha de procedimentos, começou quando um médico da urgência chamou o utente por três vezes e, perante a ausência de resposta, decidiu dar-lhe alta administrativa por abandono.

No entanto, o paciente encontrava-se numa maca no mesmo serviço, sem que ninguém se tivesse apercebido da sua presença durante horas. Foi a sua nora que, ao procurá-lo, o encontrou no serviço de urgências, já depois de este ter sido dado como ausente.

O homem viria a falecer 48 horas após este episódio, que a ERS classificou como uma falha grave nos cuidados prestados.

Este incidente levanta sérias questões sobre a gestão de doentes nos serviços de urgência, a comunicação entre equipas e a segurança dos utentes, especialmente em unidades sob grande pressão. A situação ilustra um cenário de desorganização que pode ter consequências fatais, como neste caso, e reforça a necessidade de uma fiscalização rigorosa e de uma revisão dos protocolos de atendimento para evitar que um paciente se torne 'invisível' dentro de um hospital.