Embora o arguido negue as acusações, o caso realça os perigos extremos enfrentados pelos bombeiros e o impacto devastador dos incêndios florestais.
O julgamento, que teve início no Tribunal da Feira, centra-se nos eventos de 14 de setembro de 2024, quando o arguido terá, alegadamente, ateado três focos de incêndio que se uniram e formaram um fogo de grandes dimensões na localidade de Ossela. A acusação do Ministério Público sustenta que o incêndio destruiu vastas áreas florestais, unidades fabris, produções agrícolas e habitações, propagando-se aos concelhos vizinhos de Sever do Vouga e Albergaria-a-Velha. De forma trágica, a acusação refere que, na sequência de reacendimentos, se registou a morte de um bombeiro e ferimentos em quatro civis. O arguido, que se encontra em prisão domiciliária, negou a autoria dos fogos, admitindo apenas ter passado de mota na zona.
O caso, combatido por 220 operacionais, destaca não só a dimensão dos prejuízos materiais, mas, sobretudo, o custo humano irreparável associado aos incêndios florestais, colocando em evidência a bravura e o sacrifício dos bombeiros que arriscam a vida para proteger as comunidades.














