A vítima, Nuno Sousa, recusou inicialmente tratamento hospitalar, mas foi encontrada inconsciente no dia seguinte.

A morte de Nuno Sousa expõe a brutalidade e a vulnerabilidade associadas à vida na rua.

O incidente ocorreu na terça-feira, junto ao antigo mercado de Lordelo, onde a vítima vivia com outro homem, Paulo Ferreira, de 57 anos, também ferido no ataque. A discussão, que terá sido motivada por alegados furtos de cobre e ferro por parte de Nuno Sousa, escalou para uma agressão fatal perpetrada por um terceiro indivíduo de 32 anos. Apesar de ferido, Nuno Sousa recusou ser transportado para o hospital pelos bombeiros.

No dia seguinte, foi encontrado em paragem cardiorrespiratória e levado para o Hospital Padre Américo, em Penafiel, onde viria a falecer.

A Polícia Judiciária assumiu a investigação do caso, que é agora tratado como homicídio.

A tragédia revela uma complexa teia de problemas sociais, incluindo a toxicodependência, que segundo os relatos terá afastado as vítimas das suas famílias, e a forma como conflitos em contextos de marginalização podem ter desfechos violentos.

A recusa inicial de cuidados médicos pela vítima levanta ainda questões sobre a confiança e o acesso aos serviços de saúde por parte das populações mais vulneráveis.