Enquanto decorre o inquérito, os restantes elevadores da cidade permanecem parados, pelo menos até depois das eleições autárquicas.
Investigação aponta para erro humano na tragédia do Elevador da Glória
Uma falha na operação artesanal de fixação do cabo de tração à carruagem é apontada como a causa mais provável do acidente no Elevador da Glória que vitimou 16 pessoas. A investigação preliminar sugere que o problema não esteve na qualidade do cabo, mas sim no processo manual de selagem, realizado nas oficinas da Carris. Especialistas e peritos envolvidos na análise do sinistro afastaram a hipótese de uma falha estrutural do cabo, que, segundo Pinto de Sá, perito do Instituto Superior Técnico, tinha "uma resistência 17 vezes superior às cargas que precisava de suportar". O foco da investigação está agora no "ponto de fixação", onde o cabo de aço é selado a uma peça metálica que o prende à carruagem. Este procedimento, descrito como "artesanal", é realizado há mais de um século, sempre que os cabos dos funiculares históricos de Lisboa são substituídos, numa colaboração entre trabalhadores da Main, empresa concessionária da manutenção, e funcionários experientes da Carris. Acredita-se que um erro durante este processo de selagem manual, que utiliza uma liga metálica, possa ter fragilizado a ligação, levando à sua rotura. O Ministério Público está agora encarregue de determinar as responsabilidades, apurando se se tratou de erro humano ou de outra falha no procedimento.



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