A descoberta, feita por funcionários da recolha de resíduos, gerou consternação na comunidade local. A descoberta macabra no Bairro do Rosário, em Cascais, onde um homem de 45 anos foi encontrado sem vida com o braço preso num contentor de recolha de roupa, chocou a comunidade local e levantou sérias questões sobre segurança e vulnerabilidade social. O alerta foi dado por funcionários da Cascais Ambiente durante a sua rotina de recolha de resíduos na madrugada de sábado. Segundo relatos de amigos e familiares, a vítima, que residia na zona com a mulher e filhos e enfrentava dificuldades económicas, poderá ter estado presa durante horas, numa morte descrita como "agonizante".

A complexidade da situação exigiu que os Bombeiros Voluntários de Cascais cortassem a estrutura do contentor para conseguir remover o corpo. A comandante Ana Cristina Santos referiu que os contentores possuem avisos de funcionamento e não devem ser manipulados, mas a tragédia expõe uma realidade em que o desespero pode levar a atos de risco.

O incidente desencadeou uma investigação para apurar as circunstâncias exatas da morte, com o corpo a ser transportado para autópsia.

Este evento trágico evidencia uma intersecção perigosa entre a pobreza, o design de equipamentos urbanos e riscos fatais imprevistos. A morte deste homem não é apenas um acidente isolado, mas um sintoma de problemas sociais mais profundos, forçando uma reflexão sobre a eficácia das redes de apoio social e a segurança de infraestruturas públicas destinadas a fins de caridade, que paradoxalmente se tornaram uma armadilha fatal.