A tragédia realça a vulnerabilidade dos peões na capital e o impacto humano da sinistralidade rodoviária, mobilizando centenas de pessoas para apoiar a família da vítima.
Flávia Vasconcelos, uma bióloga brasileira de 36 anos com doutoramento em ecologia e investigadora no centro MARE, foi mortalmente atropelada na noite de quinta-feira, 25 de setembro, enquanto atravessava uma passadeira na freguesia do Lumiar, em Lisboa. Uma testemunha relatou que o acidente ocorreu numa rua com limite de 40 km/h e que o impacto projetou a vítima vários metros.
O condutor permaneceu no local, visivelmente abalado.
A notícia da sua morte, confirmada pelo seu companheiro nas redes sociais, desencadeou uma notável reação pública.
Uma amiga iniciou uma campanha de angariação de fundos online para custear a repatriação do corpo para o Rio de Janeiro e a viagem da família a Portugal.
A campanha superou rapidamente o objetivo, com quase mil pessoas a contribuírem com cerca de 20 mil euros, demonstrando um enorme choque e empatia da comunidade.
O incidente também trouxe para o debate público a elevada taxa de mortalidade de peões em passadeiras em Portugal, um problema crítico de segurança rodoviária. O centro de investigação MARE emitiu um comunicado lamentando a perda de uma colega dedicada e enérgica, recordada pela sua paixão pela ciência e pelas viagens.














