A sua morte gerou uma notável campanha de solidariedade online para ajudar a família a repatriar o corpo para o Brasil.

Flávia Vasconcelos, doutorada em ecologia e investigadora no MARE (Centro de Ciências do Mar e do Ambiente), vivia em Lisboa.

O acidente ocorreu por volta das 20h30 na Rua Snu Abecasis, uma via com limite de velocidade de 40 km/h.

Segundo uma testemunha, a vítima foi projetada vários metros após o impacto.

Apesar dos esforços de reanimação no local, inclusive por um médico que se encontrava nas proximidades, a bióloga não sobreviveu. O condutor, um jovem com cerca de 30 anos, permaneceu no local, visivelmente abalado.

A morte foi confirmada pelo seu companheiro, Yago Bezerra, nas redes sociais, numa publicação que gerou grande comoção.

Em resposta, uma amiga da família lançou uma campanha de angariação de fundos para custear a trasladação do corpo para o Rio de Janeiro e as despesas de viagem dos familiares a Portugal. A iniciativa superou rapidamente o objetivo inicial de 100 mil reais (cerca de 16 mil euros), arrecadando quase 20 mil euros com a contribuição de perto de mil pessoas.

O MARE emitiu um comunicado lamentando a perda, recordando a “energia contagiante” e a dedicação de Flávia à ciência.

O caso realça as estatísticas preocupantes de atropelamentos em Portugal, um dos países da União Europeia com maior mortalidade de peões em passadeiras.