Os dados divulgados pela Autoridade Marítima Nacional (AMN) revelam que a maioria das fatalidades ocorreu por afogamento e, em muitos casos, em zonas não vigiadas, sublinhando os perigos persistentes ao longo da costa e em águas interiores.

Do total de 18 vítimas mortais, doze foram por afogamento.

Destas, sete ocorreram em zonas marítimas não vigiadas, incluindo dois casos no Rio Douro, dois no Rio Minho, um na Praia de Armação de Pera (Algarve), um na Lagoa de Óbidos e um na Ponta do Passo (Porto Santo). Duas crianças morreram em maio na Praia de Pedrógão, antes do início oficial da vigilância. Apenas três afogamentos ocorreram em praias vigiadas: Carcavelos, Praia do Titan (Leixões) e Praia Formosa (Funchal).

Além dos afogamentos, a AMN registou cinco mortes por doença súbita, uma das quais numa praia não vigiada, e uma morte por causas desconhecidas.

O balanço da AMN destaca também o elevado número de salvamentos, que totalizaram 1.120, e as 3.787 ações de primeiros socorros realizadas durante os cinco meses. Estes números, embora demonstrem a eficácia da resposta dos nadadores-salvadores e das autoridades, evidenciam a elevada frequência de situações de perigo. A repetição de fatalidades em zonas não vigiadas reforça a necessidade de campanhas de sensibilização contínuas sobre os riscos de frequentar praias sem vigilância e a importância de respeitar as condições do mar e das águas interiores.