Os eventos trágicos incluem o suicídio de um menor no final do ano letivo anterior e outro no início do presente ano. A situação agravou-se com a notícia de quatro tentativas de suicídio numa única semana, algumas associadas a um alegado pacto de morte entre amigos. Numa das situações, a intervenção atempada da mãe de um dos jovens, alertada por uma psicóloga para as mudanças de comportamento do filho, foi crucial para evitar mais uma tragédia. O adolescente, de 16 anos, confessou ter um plano para se matar naquela noite e revelou o pacto, o que permitiu alertar a família do outro jovem envolvido. A comunidade de pais encontra-se em pânico, com uma mãe a expressar o seu receio de que a sua filha “seja a próxima vítima”. Surgiram críticas à direção do agrupamento de escolas, acusada de pedir aos pais para não criarem “alarme social”, uma vez que o diretor seria candidato à assembleia municipal. A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) não confirmou as tentativas de suicídio, invocando a confidencialidade dos processos. A GNR, em articulação com o Ministério Público, está a investigar os casos, explorando hipóteses como bullying, consumo de drogas ou a influência de jogos perigosos entre os alunos. A série de acontecimentos expõe uma crise de saúde mental que exige uma resposta urgente e coordenada por parte das autoridades de saúde, educação e justiça.