Uma onda de suicídios e tentativas de suicídio entre jovens abalou uma escola secundária no distrito de Viseu, gerando pânico entre os pais e levantando sérias questões sobre a saúde mental dos adolescentes. A situação culminou na denúncia de um pacto de morte entre alunos, que só foi evitado pela intervenção atempada de uma mãe. A comunidade escolar de Castro Daire vive um clima de apreensão após a morte de dois menores por suicídio — um no final do ano letivo anterior e outro no início do presente ano. A situação agravou-se com a ocorrência de quatro tentativas de suicídio numa só semana, envolvendo alunos da mesma escola. Um dos casos mais chocantes foi a descoberta de um pacto de morte entre dois jovens, de 15 e 17 anos, que foi interrompido quando a mãe de um deles, alertada por uma psicóloga para o comportamento do filho, o encontrou alcoolizado e com mensagens de despedida preparadas.
A sua rápida chamada ao INEM e o contacto com a família do outro jovem evitaram uma tragédia maior.
Perante estes acontecimentos, os pais dos alunos mostram-se revoltados e preocupados, denunciando a falta de apoio psicológico e o alegado silêncio da direção da escola, que terá pedido para não se criar “alarme social”.
Em resposta à crise, o INEM mobilizou equipas de saúde mental para apoiar a comunidade educativa, e a GNR, em articulação com o Ministério Público, está a investigar as causas, que podem estar relacionadas com bullying ou outros fatores.
A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) não confirmou os detalhes, invocando a confidencialidade dos casos.
Em resumoUma escola secundária no distrito de Viseu foi abalada por dois suicídios e várias tentativas, incluindo um pacto de morte entre alunos evitado pela mãe de um deles. A comunidade está em pânico, com pais a denunciarem falta de apoio psicológico e silêncio por parte da escola. Equipas de saúde mental foram mobilizadas para o local, e as autoridades estão a investigar as causas, que podem incluir bullying.