O padre Fernando Martins, uma figura histórica que serviu como pároco de Oeiras durante 43 anos, faleceu na madrugada de 3 de outubro, aos 101 anos. O seu falecimento gerou uma onda de pesar na comunidade, que recorda o seu legado de humanismo, serviço social e dedicação à Igreja. Nascido a 1 de fevereiro de 1924 em Sarzedas, Castelo Branco, Fernando Martins foi ordenado presbítero em 1947. Após servir em Santarém e Setúbal, foi nomeado pároco de Oeiras a 22 de setembro de 1966, onde permaneceu até 2009. Durante as mais de quatro décadas em Oeiras, foi uma figura central na vida da comunidade, sendo recordado como um "precursor no exercício da caridade organizada".
A sua obra mais visível foi a construção do centro social paroquial, mas, nas suas próprias palavras, a sua grande obra foi "a humanização das pessoas".
O seu impacto foi amplamente reconhecido.
Em 1989, a Câmara Municipal de Oeiras atribuiu-lhe a Medalha de Mérito Concelhio, grau ouro, e, em 2007, inaugurou uma estátua em sua honra no adro da igreja. Em 2010, o então Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, distinguiu-o como Comendador da Ordem do Mérito.
O presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, emitiu uma nota de pesar, destacando o seu "legado de humanismo e de entrega ao próximo". As cerimónias fúnebres contaram com a presença de altas figuras da Igreja, incluindo o patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, que presidiu à missa exequial, refletindo a importância do sacerdote no seio do Patriarcado.
Em resumoA morte do padre Fernando Martins, aos 101 anos, encerra um capítulo significativo na história de Oeiras. O seu longo sacerdócio, marcado por um profundo sentido de serviço comunitário e caridade, deixou um legado duradouro que foi amplamente reconhecido tanto pelas autoridades civis como eclesiásticas, perpetuando a sua memória como um pilar da comunidade.