A antiga relatora especial da ONU para o Direito à Água e ao Saneamento foi recordada por diversas entidades pelo seu "trabalho notável e inspirador".
Catarina de Albuquerque, advogada e proeminente ativista portuguesa dos Direitos Humanos, faleceu na terça-feira, aos 55 anos.
A notícia foi avançada pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), onde desempenhou funções de vice-presidente da direção entre 2013 e 2019.
O seu trabalho ganhou particular destaque a nível internacional quando, em 2008, se tornou a primeira relatora especial das Nações Unidas para o Direito à Água e ao Saneamento, um papel pioneiro que contribuiu decisivamente para o reconhecimento destes como direitos humanos fundamentais.
A sua morte gerou reações de profundo pesar de várias instituições.
O Presidente da República destacou o seu "trabalho notável e inspirador".
A Unicef Portugal e a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) também lamentaram o seu falecimento, enaltecendo a sua "ação inspiradora" e o impacto que teve a nível nacional e internacional. A CIG recordou o seu papel na defesa do acesso universal à água potável, enquanto a Unicef Portugal sublinhou a sua "energia, rigor e empatia", que inspiraram gerações de defensores dos direitos humanos.
O Ministério Público e a NOVA School of Law, onde era presidente do Conselho da Faculdade, também prestaram homenagem.
O seu trabalho foi distinguido com a Medalha de Ouro dos Direitos Humanos e com a Ordem de Mérito, consolidando o seu legado como uma das mais importantes vozes portuguesas na cena global dos direitos humanos.













