António Borges Coelho foi uma figura ímpar no panorama intelectual português, reconhecido pelos seus estudos aprofundados sobre a Inquisição e o domínio islâmico em Portugal, sendo considerado um dos maiores medievalistas do país.
A sua obra, que abrange não só a historiografia mas também a poesia e a ficção, deixou uma marca indelével no conhecimento histórico nacional.
Além do seu contributo académico, Borges Coelho foi um destacado resistente à ditadura do Estado Novo, uma faceta da sua vida evocada pelo Presidente da República na sua nota de condolências. A sua morte gerou um vasto movimento de pesar, com a Universidade do Algarve, que lhe atribuiu o título de Doutor Honoris Causa em História em 2009, a decretar três dias de luto académico. As cerimónias fúnebres foram agendadas para segunda-feira, no Centro Funerário de Alcabideche, em Cascais. O corpo estaria em câmara ardente a partir das 12h, com uma homenagem prevista para as 16h30, seguida da cerimónia de cremação às 18h.
Este tributo final reflete o profundo respeito e admiração que a sua vida e obra suscitaram na sociedade portuguesa, consolidando o seu legado como um dos mais importantes pensadores e defensores da liberdade do século XX português.














