A sua família recorda a trágica perda e exige respostas sobre o que aconteceu. A família de Piedade, nomeadamente o seu viúvo e a sua filha, Fátima Lisboa, falaram pela primeira vez sobre o sucedido, expressando uma profunda dor e revolta.

A filha recordou o momento em que soube da tragédia e o choque ao ver o quarto onde a mãe estava, completamente carbonizado.

“Ainda a ouço chamar por mim”, desabafou, num testemunho emotivo.

A família lamenta a atitude da Santa Casa da Misericórdia após o incêndio e sente que a idosa “não merecia ter este fim”.

A entrada de Piedade no lar era recente, e a família tinha a perceção de que seria uma partida sem retorno, mas nunca imaginou um desfecho tão violento e súbito. O sofrimento da família é agravado pela busca por respostas e por um sentimento de injustiça, exigindo que as circunstâncias que levaram à morte de Piedade e dos outros utentes sejam totalmente esclarecidas.

A tragédia no lar “Bom Samaritano” levantou um debate nacional sobre a segurança e as condições das instituições de apoio a idosos em Portugal.