A sua morte gerou reações de pesar por parte de diversas entidades, incluindo a Presidência da República e a Universidade do Algarve, que destacaram o seu legado intelectual e a sua resistência à ditadura.

António Borges Coelho é recordado como uma “figura maior” da historiografia portuguesa, cuja obra se debruçou sobre temas cruciais como a Inquisição e o período do domínio islâmico em Portugal.

A sua carreira não se limitou à academia; foi também um proeminente resistente ao regime do Estado Novo, o que lhe valeu perseguição política.

O seu falecimento, ocorrido numa unidade de saúde nos arredores de Lisboa, foi amplamente noticiado, sublinhando a sua importância no panorama cultural e cívico nacional. Em reconhecimento do seu contributo, a Universidade do Algarve (UAlg), que lhe havia atribuído o título de Doutor Honoris Causa em 2009, decretou três dias de luto académico.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também evocou a sua memória, enaltecendo a sua resistência à ditadura e o seu trabalho como medievalista.

As cerimónias fúnebres foram agendadas para o Centro Funerário de Alcabideche, em Cascais, incluindo uma homenagem e a posterior cremação, reunindo familiares, amigos e admiradores do seu vasto legado.

A sua morte representa a perda de um dos mais importantes intelectuais portugueses do século XX, cuja vida foi um testemunho de rigor académico e compromisso cívico.