Sofia Corradi, a professora italiana considerada a fundadora do programa de intercâmbio de estudantes Erasmus, faleceu em Roma aos 91 anos. O seu legado é um dos programas de maior sucesso da União Europeia, tendo permitido a mobilidade de mais de 16 milhões de jovens. A ideia que viria a transformar a educação superior na Europa nasceu de uma experiência pessoal de frustração. Em 1969, após regressar de um período de estudos nos Estados Unidos, Sofia Corradi viu a sua universidade recusar-se a reconhecer os créditos académicos que obtivera no estrangeiro. Esta desilusão motivou-a a desenvolver um conceito de mobilidade académica com reconhecimento mútuo de créditos entre instituições europeias.
A sua visão persistente e o seu trabalho incansável foram fundamentais para a criação do programa Erasmus (European Region Action Scheme for the Mobility of University Students), lançado oficialmente em 1987.
Desde então, o programa evoluiu e expandiu-se, tornando-se um pilar da integração europeia e da construção de uma identidade comum. Conhecida carinhosamente como “Mãe Erasmus”, Corradi foi responsável por uma iniciativa que não só enriqueceu o percurso académico de milhões de estudantes, mas também promoveu o intercâmbio cultural, a aprendizagem de línguas e o desenvolvimento de competências transversais, deixando uma marca indelével em várias gerações de jovens europeus.
Em resumoA morte de Sofia Corradi assinala a perda de uma figura visionária cujo trabalho incansável deu origem ao programa Erasmus. O seu legado perdura na vida de mais de 16 milhões de estudantes que beneficiaram de uma experiência de mobilidade que moldou a identidade europeia moderna e revolucionou o ensino superior no continente.