A sua morte foi lamentada por diversas instituições, incluindo a Presidência da República e a Universidade do Algarve, que destacaram a sua importância como medievalista e a sua resistência à ditadura do Estado Novo.

Considerado uma "figura maior" da historiografia portuguesa, António Borges Coelho dedicou a sua vida à investigação e ao ensino, com um foco particular em períodos cruciais da história nacional, como a Inquisição e o domínio islâmico em Portugal.

A sua obra, que inclui também poesia e ficção, é reconhecida pelo rigor e pela capacidade de lançar nova luz sobre o passado.

Para além do seu contributo intelectual, a sua biografia está intrinsecamente ligada à luta contra o regime do Estado Novo, sendo uma voz ativa na resistência antifascista.

A reação à sua morte reflete o profundo respeito que a sua figura inspirava. O Presidente da República enviou condolências à família, evocando a sua resistência à ditadura.

A Universidade do Algarve, que lhe havia concedido o título de Doutor Honoris Causa em História em 2009, decretou três dias de luto académico, um gesto que sublinha a sua influência no meio académico.

As cerimónias fúnebres foram agendadas para Alcabideche, no concelho de Cascais, com uma homenagem prevista para o dia 20 de outubro. O seu falecimento é visto não apenas como a perda de um académico de renome, mas também de um cidadão exemplar cuja vida foi pautada pela integridade moral e pelo compromisso com a liberdade.