Ex-ministro da Justiça, juiz, escritor e humanista, o seu legado é recordado por diversas personalidades como um marco na defesa dos direitos humanos e na modernização do sistema judicial português.\n\nÁlvaro Laborinho Lúcio, que faleceu na sua terra natal, a Nazaré, é lembrado como uma figura pública multifacetada. Serviu como Ministro da Justiça no governo de Cavaco Silva, Ministro da República para os Açores durante a presidência de Jorge Sampaio, e foi juiz-conselheiro jubilado do Supremo Tribunal de Justiça.
A sua carreira foi marcada por um profundo humanismo e um esforço constante para aproximar a justiça dos cidadãos. Foi pioneiro na defesa dos direitos das crianças em Portugal, advogando por um sistema de justiça educativo e não punitivo, focado na reinserção.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou a sua morte, descrevendo-o como uma "figura cimeira no domínio da Justiça" que esteve "sempre à frente do seu tempo".
O PSD destacou a sua "voz íntegra" na defesa das causas públicas.
D. José Ornelas, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, recordou-o como um "homem bom e bem preparado para fazer o bem", salientando o seu papel crucial na Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica.
A Universidade do Minho, onde presidiu ao Conselho Geral, expressou que a sua comunidade "ficou hoje muito mais pobre".
A sua influência estendeu-se para além dos tribunais, sendo também escritor, pedagogo e considerado o "pai da casa de formação dos magistrados portugueses", o Centro de Estudos Judiciários (CEJ).














