O caso assumiu contornos ainda mais dramáticos ao ser revelado que o principal suspeito é o seu próprio filho, de 14 anos.
O crime ocorreu na residência da família, na Vagueira, onde a autarca foi encontrada sem vida pelo marido, com ferimentos de arma de fogo. Inicialmente, o cenário foi encenado para parecer um assalto, com o adolescente a desligar as câmaras de videovigilância e a desarrumar a casa após o ato.
Contudo, o jovem acabou por confessar o crime à Polícia Judiciária, revelando ter usado uma arma do pai, que estava guardada num cofre.
Segundo relatos, o menor terá escondido a arma na campa dos avós paternos.
A motivação apontada pelo jovem foi que a mãe o “irritava” e era muito exigente.
A comunidade local e amigos descreveram a família como “harmoniosa” e o jovem como “calmo e educado”, o que adensou o choque.
Uma psicóloga alertou que um comportamento “demasiado perfeito” num adolescente pode ser um “muito mau sinal”.
Devido à sua idade, o jovem é inimputável e está sujeito à Lei Tutelar Educativa, tendo-lhe sido aplicada a medida cautelar de internamento em regime fechado num centro educativo por um período de três meses, enquanto se aguarda uma avaliação psicológica.
O caso gerou ainda um debate sobre a justiça juvenil em Portugal.
A investigação levou o Ministério Público a vetar a cremação do corpo, um desejo da família, para a eventual necessidade de novas perícias.
O funeral, realizado na Gafanha da Boa Hora, juntou uma multidão emocionada.













