Nascido na Nazaré em 1941, Laborinho Lúcio teve uma carreira multifacetada.

Foi ministro da Justiça no governo de Aníbal Cavaco Silva, em 1990, e ministro da República para os Açores em 2003, durante a presidência de Jorge Sampaio. A sua trajetória profissional incluiu cargos como procurador da República, inspetor do Ministério Público, procurador-geral-adjunto, e diretor da Escola da Polícia Judiciária e do Centro de Estudos Judiciários.

Nos últimos anos, destacou-se como membro da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica Portuguesa, um trabalho que demonstrou o seu contínuo compromisso com as causas sociais.

O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional manifestou “profundo pesar”, recordando “a sua bondade e dedicação à Justiça em sentido amplo”.

Considerado um pedagogo, escritor e humanista, acreditava que “a justiça é um verbo no futuro”, uma construção contínua de coragem e esperança.

O seu funeral realizou-se em Coimbra, com uma missa presidida pelo bispo local, Virgílio Antunes, na Igreja Nossa Senhora de Lourdes, reunindo familiares e personalidades que lhe prestaram uma última homenagem.