O caso gerou um intenso debate público sobre as circunstâncias que podem levar a uma tragédia desta natureza.

O crime ocorreu na residência da família, na Gafanha da Boa Hora, quando o adolescente, segundo a sua confissão, se preparava para fugir de casa com um amigo.

O plano incluía levar a mota do pai, dinheiro e a arma que viria a ser usada no crime.

A chegada inesperada da mãe, que regressara a casa por sentir uma dor de cabeça, terá interrompido os seus planos, culminando nos disparos fatais.

A investigação apurou que foram disparados três tiros, um dos quais pelas costas, mas outro de frente, sugerindo que a vítima terá visto o agressor.

Após o crime, o jovem escondeu a arma na campa dos avós.

O adolescente foi internado num centro educativo no Porto, onde se encontra numa área restrita para “prevenir a possibilidade de risco de suicídio”.

As autoridades, após o interrogatório, suspeitam que o jovem possa sofrer de uma perturbação obsessivo-compulsiva não diagnosticada, devido a certos comportamentos observados.

O pai ainda não o tinha visitado no centro educativo.

O funeral de Susana Gravato realizou-se, mas o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Aveiro não autorizou a cremação do corpo, uma vez que a investigação ainda decorre e podem ser necessárias novas perícias forenses para o total esclarecimento dos factos.