Nascido na Nazaré a 1 de dezembro de 1941, Laborinho Lúcio morreu em sua casa no dia 23 de outubro. A sua carreira foi multifacetada e de grande relevo para o país. Foi ministro da Justiça em 1990, durante o governo de Aníbal Cavaco Silva, e ministro da Presidência para os Açores em 2003, sob a presidência de Jorge Sampaio.

A sua trajetória no sistema judicial incluiu cargos como juiz, procurador da República, inspetor do Ministério Público e procurador-geral-adjunto.

Destacou-se também na área da formação, tendo sido diretor da Escola da Polícia Judiciária e do Centro de Estudos Judiciários.

Nos últimos anos, a sua dedicação ao serviço público continuou, nomeadamente ao integrar a Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica Portuguesa. Após a sua morte, várias entidades prestaram homenagem ao seu legado.

O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) manifestou “profundo pesar”, recordando a sua “bondade e dedicação à Justiça em sentido amplo”.

Outras publicações descrevem-no como um “homem de pensamento e de ação”, que acreditava que “a justiça é um verbo no futuro” e que procurou sempre unir a justiça às palavras e à humanização do sistema legal. O seu contributo é recordado como o de alguém que via a construção da justiça como “um caminho inacabado, feito de coragem, reflexão e esperança”.