O "aumento extraordinário" da presença desta espécie invasora, mesmo numa altura em que o frio do outono deveria reduzir a sua atividade, preocupa as autoridades e especialistas, que temem a sua expansão para Portugal.
As três mortes ocorreram em circunstâncias semelhantes: as vítimas foram atacadas por enxames provenientes de ninhos escondidos no subsolo, tornando-os praticamente invisíveis e aumentando o risco de contacto acidental.
Um dos casos fatais foi o de um caçador de 55 anos, em Cospeito (Lugo), que terá pisado um ninho enquanto caçava perdizes.
As outras duas vítimas foram atacadas enquanto limpavam terrenos agrícolas.
O veterinário e investigador Xesús Feás, que estuda o impacto da vespa asiática na região, mostrou-se “consternado e frustrado”, alertando que “há milhares de ninhos, cada vez mais, e não os retiram”. O especialista considera que as mortes são apenas “a ponta do icebergue”, sublinhando a falta de dados sobre picadas que não resultam em óbito mas requerem intervenção médica.
A Xunta da Galiza reconheceu a situação e pediu “máxima precaução, sobretudo no caso de pessoas alérgicas”. A presidente da Associação Galega de Apicultura, Marita Puga, reforçou a gravidade do problema, afirmando que “a velutina é já um problema de saúde pública” e temendo que a situação se agrave em 2026. A proximidade geográfica com o norte de Portugal aumenta a preocupação entre as autoridades portuguesas, dado que a espécie invasora já foi detetada em várias regiões do país.













