A morte de um militar da Guarda Nacional Republicana (GNR) durante uma operação de combate ao narcotráfico no Rio Guadiana desencadeou uma onda de consternação nacional e levantou questões urgentes sobre os meios e a segurança das forças policiais. O incidente, que vitimou o Cabo Pedro Manata e Silva, de 50 anos, ocorreu quando a embarcação de patrulha em que seguia foi abalroada por uma lancha de alta velocidade, vulgarmente conhecida como “narcolancha”. A operação decorria na zona de Alcoutim, uma rota conhecida para o tráfico de haxixe, quando a embarcação da GNR, com quatro militares a bordo, tentou intercetar uma lancha suspeita. Durante a abordagem, a lancha dos traficantes colidiu violentamente com o barco da GNR, causando a morte do Cabo Pedro Silva, que terá sofrido ferimentos fatais na cabeça, e ferimentos em outros três militares.
Após a colisão, a embarcação dos suspeitos incendiou-se e estes puseram-se em fuga, desencadeando uma vasta operação de busca envolvendo autoridades portuguesas e espanholas.
Dois suspeitos de nacionalidade espanhola, já referenciados por tráfico de droga, foram detidos na fronteira mas posteriormente libertados por falta de provas concretas que os ligassem ao abalroamento. O caso gerou reações ao mais alto nível do Estado, com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e membros do Governo a lamentarem a morte e a garantirem que todos os esforços seriam feitos para deter os responsáveis.
Coincidentemente, no dia da tragédia, o Presidente promulgou um diploma que criminaliza o uso e posse de embarcações de alta velocidade sem autorização.
Familiares, amigos e colegas de profissão prestaram múltiplas homenagens ao militar, cuja morte em serviço sublinhou os perigos inerentes ao combate ao crime organizado.
Em resumoA trágica morte do Cabo Pedro Manata e Silva no Rio Guadiana destacou os riscos do combate ao narcotráfico e a vulnerabilidade das forças de segurança. O incidente motivou uma forte reação institucional, incluindo a promessa de captura dos responsáveis e a promulgação de nova legislação para controlar lanchas de alta velocidade, enquanto a sociedade e a GNR lamentavam a perda de um militar em serviço.