O incidente ocorreu quando a embarcação da Unidade de Controlo Costeiro da GNR foi abalroada por uma lancha de alta velocidade, conhecida como “lancha voadora”, utilizada por traficantes.

A violência da colisão resultou na morte do cabo Pedro Manata e Silva e feriu outros três militares.

A notícia chocou o país, desencadeando um forte sentimento de luto e solidariedade para com a GNR. As cerimónias fúnebres, realizadas em Lagos, foram um momento de grande comoção e tributo, contando com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e da Ministra da Administração Interna, além de representantes de várias forças policiais portuguesas e da Guardia Civil espanhola. Este trágico acontecimento trouxe para a vanguarda do debate público a perigosidade crescente do narcotráfico na região sul do país e a necessidade de equipar adequadamente as forças de segurança para combaterem redes criminosas cada vez mais sofisticadas e violentas.

Foi revelado que a embarcação semirrígida da GNR envolvida no acidente, a P21 Palma, tinha sido anteriormente apreendida a traficantes, levantando questões sobre a adequação do material utilizado nestas operações de alto risco.

A investigação conjunta entre as autoridades portuguesas e espanholas prossegue para localizar e deter os tripulantes da narcolancha, que se puseram em fuga após o abalroamento.