O bebé nasceu com vida, mas permaneceu com um quadro clínico “muito reservado”.
O incidente gerou indignação e uma resposta imediata das entidades reguladoras, com a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e o Ministério Público a instaurarem inquéritos para apurar as circunstâncias da morte e avaliar a assistência prestada.
A tragédia assumiu contornos políticos quando a Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, foi confrontada no Parlamento e, instada pelo partido Chega a assumir responsabilidades, declarou: “Não, não me demito”.
A sua recusa e as suas declarações posteriores, onde traçou um perfil das grávidas que têm partos fora dos hospitais como sendo maioritariamente imigrantes que “nem falam português” e “nem telemóvel têm”, foram amplamente criticadas e acusadas de xenofobia.
O caso expôs as fragilidades do SNS, em particular nos serviços de obstetrícia, e intensificou o debate sobre a gestão da saúde, a responsabilidade política e a vulnerabilidade de populações imigrantes no acesso a cuidados adequados.













