O caso resultou na abertura de múltiplos inquéritos e intensificou a pressão política sobre a Ministra da Saúde.
A tragédia começou quando a mulher, de nacionalidade guineense e recentemente chegada a Portugal, se dirigiu ao hospital na quarta-feira com “uma tensão ligeiramente elevada” e, segundo a unidade hospitalar, sem outros sintomas, tendo sido enviada para casa com uma consulta marcada.
Horas mais tarde, na madrugada de sexta-feira, deu entrada na mesma urgência, transportada pelo INEM, já em paragem cardiorrespiratória.
Foi realizada uma cesariana de emergência, mas a mãe não sobreviveu.
O bebé nasceu com vida, mas em estado crítico, com “prognóstico muito reservado”, e acabou por falecer na manhã de sábado.
O caso suscitou uma imediata e intensa reação política.
O partido Chega pediu a demissão da Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, que, numa audição parlamentar, rejeitou abandonar o cargo, afirmando: “Não, não me demito”.
A ministra lamentou a tragédia e partilhou a dor da família, mas o caso reacendeu o debate sobre a gestão do SNS.
O PS, pela voz de José Luís Carneiro, responsabilizou o primeiro-ministro pelo “falhanço clamoroso” na saúde.
Em defesa da ministra, Miguel Guimarães (PSD) considerou “abusivo” responsabilizá-la.
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), a Entidade Reguladora da Saúde (ERS), o Ministério Público e a própria unidade de saúde abriram inquéritos para apurar todas as circunstâncias e responsabilidades.













