O crime terá sido cometido com o intuito de pôr fim a um longo historial de agressões por parte da vítima. Os factos, ocorridos na residência da família em Lisboa, envolvem dois irmãos, de 21 e 24 anos, acusados de homicídio qualificado e profanação de cadáver. Segundo a acusação, os jovens mataram o pai, de 58 anos, através de agressões com um martelo e por estrangulamento. Posteriormente, esconderam o corpo dentro de um armário.

A mãe, embora não tenha participado ativamente nas agressões, foi também acusada por ter presenciado o crime sem nada fazer para o impedir, tendo depois ajudado a limpar o local.

A motivação apontada foi a de terminar um ciclo de violência doméstica infligido pela vítima à família. Este caso gerou um debate sobre as falhas do sistema de proteção às vítimas de violência doméstica e as situações-limite a que estas podem ser conduzidas, levantando questões sobre a legítima defesa e o desespero que pode levar a atos de violência reativa.