A situação é agravada pela demora na libertação dos corpos e na divulgação dos resultados das autópsias, o que prolonga o sofrimento dos familiares.

Numa das declarações, um familiar lamenta: “Nada, zero”.

Este caso expõe não só a dor da perda, mas também as barreiras burocráticas e financeiras que as famílias podem enfrentar após uma tragédia, especialmente quando envolvem cidadãos de outras nacionalidades. A falta de um apoio institucional claro e a necessidade de recorrer à solidariedade pública para realizar as cerimónias fúnebres no país de origem refletem uma falha no acompanhamento de situações de luto complexas. A denúncia de negligência médica, por sua vez, coloca o foco nas condições de funcionamento do Serviço Nacional de Saúde, particularmente no Hospital Amadora-Sintra, uma unidade frequentemente sob pressão. A ausência de uma resposta oficial à família, conforme relatado, intensifica a perceção de desumanização e descaso, transformando uma tragédia pessoal num caso de relevância social e política.