A luta da família pela trasladação dos corpos e a reação da Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, intensificaram o debate sobre a qualidade dos cuidados obstétricos em Portugal.

Após a tragédia, a família da vítima enfrentou dificuldades para repatriar os corpos para a Guiné-Bissau, tendo conseguido reunir os fundos necessários através de doações. A angústia familiar foi ampliada pela demora de 12 dias até serem chamados ao Instituto de Medicina Legal para o reconhecimento dos corpos e pela contínua exigência dos resultados da autópsia para apurar as causas da morte.

Um familiar expressou a sua frustração, afirmando que o "Ministério nem as condolências nos deu".

A polémica adensou-se com as declarações da Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, que, ao ser questionada sobre o caso, afirmou: "Não sinto que tenha falhado.

Estou a cumprir o meu dever".

Esta resposta foi amplamente criticada pela oposição e pela opinião pública, sendo vista como uma demonstração de insensibilidade e falta de assunção de responsabilidade política. O caso tornou-se um ponto focal na discussão sobre a crise nas urgências de obstetrícia, a falta de recursos humanos no SNS e a necessidade de uma reforma profunda no setor da saúde para evitar a repetição de tais eventos.