Durante a terceira sessão do julgamento, foram ouvidas testemunhas que afirmaram categoricamente que Odair Moniz não tinha qualquer arma nas mãos no momento em que foi alvejado mortalmente pelo agente da PSP.

Esta informação contraria diretamente a tese da defesa, que poderia alegar legítima defesa.

Além dos testemunhos, foi revelada a existência de imagens dos últimos momentos de vida da vítima, que mostram que Odair Moniz foi atingido por quatro tiros em apenas seis segundos.

A divulgação destas provas e os depoimentos das testemunhas oculares intensificam o escrutínio sobre a conduta do agente e os protocolos de uso da força por parte das autoridades policiais.

O caso tem gerado um debate significativo sobre a responsabilidade policial, a transparência nas investigações de incidentes envolvendo agentes da autoridade e a relação, por vezes tensa, entre a polícia e certas comunidades.

A continuação do julgamento é aguardada com expectativa, prevendo-se a audição de mais testemunhas em dezembro, num processo que se tornou emblemático na discussão sobre justiça e direitos humanos em Portugal.