A divulgação de novas imagens e a passagem de um ano sobre a morte de Odair Moniz, baleado por um agente da PSP, reacendem o debate sobre a violência policial e a tensão social no bairro da Cova da Moura. A comunidade continua a queixar-se da relação com as forças de segurança, enquanto a PSP reporta um aumento da criminalidade. Um ano após a morte do cidadão cabo-verdiano Odair Moniz, de 21 anos, durante uma operação policial no Bairro da Cova da Moura, a relação entre os moradores e as forças de segurança continua tensa.
A comunidade queixa-se de uma tensão constante, com um morador a afirmar que "não existe caminho para o diálogo, nem paciência".
A morte ocorreu na madrugada de 21 de outubro do ano anterior, quando o agente da PSP Bruno Pinto disparou dois tiros fatais durante uma abordagem.
Novas imagens exclusivas, reveladas pela CMTV, mostram que os disparos ocorreram num intervalo de seis segundos e que o agente tentou reanimar Odair Moniz após o incidente.
A patrulha estava sozinha no momento da abordagem.
O agente está acusado de homicídio.
Do lado da PSP, admite-se que tem havido um aumento na apreensão de armas e no número de crimes cometidos por jovens na zona. Este caso continua a ser um ponto sensível, simbolizando as complexas e, por vezes, conflituosas dinâmicas entre a polícia e as comunidades de bairros periféricos, levantando questões sobre o uso da força e a necessidade de diálogo e confiança mútua.
Em resumoUm ano depois da morte de Odair Moniz, o caso continua a ser um foco de tensão e desconfiança entre a comunidade da Cova da Moura e a PSP. A divulgação de novas imagens mantém o escrutínio sobre a atuação policial, enquanto os relatos de ambas as partes indicam que a ferida social está longe de ser sarada, com a comunicação entre a polícia e os residentes praticamente inexistente.