O caso gerou uma onda de consternação e acusações de negligência contra as autoridades locais.
As vítimas, identificadas como Raúl e Edviges, foram encontradas sem vida na sua habitação, que ficou submersa pela subida rápida das águas.
A tragédia foi agravada pelo facto de possuírem um botão de pânico que, no momento crítico, não conseguiram acionar. A Associação de Proteção Civil (APROSOC) responsabilizou diretamente a Câmara Municipal do Seixal e a Junta de Freguesia de Fernão Ferro, acusando-as de "inércia e inépcia" e "omissões grosseiras" no ordenamento do território, que permitiram a construção da habitação numa zona de risco.
A APROSOC defende que deve haver uma "investigação criminal" para apurar responsabilidades.
As autarquias rejeitaram as acusações, considerando-as difamatórias.
A família das vítimas está a ponderar avançar com uma ação judicial contra a Câmara Municipal.
Vizinhos descreveram o casal como inseparável, com uma vizinha a lamentar: "'Andavam sempre os dois... e morreram os dois, pronto, juntos'".
O caso expôs falhas na prevenção de riscos e a vulnerabilidade da população idosa a fenómenos climáticos extremos.












