O corpo da mulher foi descoberto em junho, mas meses depois, o apartamento continua por limpar, causando mau cheiro e preocupações de higiene entre os condóminos, que se sentem abandonados.

Os moradores culpam a Câmara Municipal de Alcochete pela inação, alegando que a situação é insustentável.

A autarquia, por sua vez, defende que não pode agir sem uma ordem judicial que permita a entrada na propriedade privada. No entanto, o autarca de Alcochete já veio a público garantir que a câmara está disponível para realizar a limpeza assim que obtiver autorização. Para clarificar a questão legal, o advogado Pedro Proença explicou que a autarquia dispõe de meios legais para intervir em situações que configurem um risco para a saúde pública, como parece ser o caso. Este impasse expõe as dificuldades burocráticas e legais que podem surgir após a morte de uma pessoa em isolamento, transformando uma tragédia pessoal num problema comunitário e de saúde pública que afeta diretamente a qualidade de vida dos vizinhos.